Eleições DCE: Propostas das chapas para o futuro da UnB

Nesta quarta (4) e quinta-feira (5), das 8h às 22h40, a comunidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB) poderá escolher a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães.  Três chapas concorrem ao pleito, apresentando propostas que buscam enfrentar desafios como a redução orçamentária e fortalecer a assistência estudantil, a mobilidade e os direitos dos estudantes.

As eleições serão para a gestão do DCE e para o cargo de Representante Discente (RD), que atua nos órgãos colegiados superiores da UnB: o Conselho Universitário (Consuni), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e o Conselho de Administração (CAD), conforme o Estatuto e Regimento Geral da UnB.

Todos os estudantes da graduação e da pós-graduação da Universidade estão aptos a votar. Para tanto, basta se dirigir a um dos locais designados (veja lista abaixo) e apresentar a carteirinha de estudante ou outro documento com foto.

 

Conheça cada chapa e suas propostas

 

Chapa 01 – Tudo que nóis tem é nóis

A Chapa 01” Tudo que nóis tem é nóis” disputa a eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) e é composta por 23 membros e 124 apoiadores. 

A estudante Maria Virgínia, representando a chapa, conversou com o Campus Multiplataforma sobre as propostas para o próximo ano do DCE.

Em relação ao Restaurante Universitário (RU), cujo valor atual é de R$ 6,10, a chapa defende a revisão dos contratos com o objetivo de reduzir o preço sem comprometer a qualidade das refeições. Outra proposta é permitir que o RU aceite vale alimentação e vale refeição. “Afinal, temos muitos estudantes trabalhadores na universidade”, afirma Maria Virgínia.

O retorno do intercampi tem sido bastante destacado, pois possibilitará a conexão entre os campi. Para que isso se torne realidade, a chapa propõe alguns passos. O primeiro seria realizar uma pesquisa qualitativa para identificar quantos estudantes moram em cada região administrativa (RAs) e quais são os horários em que mais necessitam do transporte. O segundo passo seria uma campanha de conscientização sobre a importância do intercampi, não apenas para a comunidade acadêmica, mas para todos. 

O último passo seria uma articulação política com os resultados da pesquisa, juntamente com a Semob e o GDF, para implementar as melhorias necessárias.

A chapa propõe a revitalização da estrutura interna e externa da Casa do Estudante Universitário, tanto para a graduação quanto para a pós-graduação, e também luta pelo fim das taxas, como as de água e luz, para os estudantes de pós-graduação que moram na Casa do Estudante.

Outras propostas: Criação de um site do DCE UnB, com ouvidoria anônima, fórum de dúvidas, contatos e arquivos como atas e registros históricos; ampliação dos fraldários nos banheiros dos quatro campi da UnB; ampliação de projetos promovidos pelo DEX para a promoção de cultura nas periferias do DF.

Para a chapa, independentemente de qual chapa vença as eleições para o DCE, o grande desafio será a composição orçamentária, que a cada vez vem sendo mais reduzida.

 

Chapa 02 – Intifada 

A Chapa 02 “Intifada” – Oposição de Esquerda recebeu esse nome em referência à luta histórica da Palestina contra o Estado sionista, racista e colonialista de Israel. “Intifada”, que significa rebelião em árabe, simboliza a resistência que buscamos resgatar no movimento estudantil.  A chapa concorre às eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) e é composta por 20 membros

Em entrevista para o Campus Multiplataforma, a estudante Luíza Eineck contou mais sobre as propostas da chapa para o DCE.

Em relação ao Restaurante Universitário (RU), a chapa propõe a gratuidade para todos os estudantes.

A chapa defende a bolsa de permanência de pelo menos um salário mínimo, pois muitos estudantes têm que escolher entre trabalhar e estudar, ou não conseguem se dedicar integralmente ao seu curso. Além disso, propõe a ampliação do passe livre, especialmente para os estudantes moradores do entorno do DF, que precisam pagar pelo menos 20 reais para ir e voltar. Afirma Luíza Eineck.

A chapa propõe a ampliação e a reforma da Casa do Estudante, tanto da graduação quanto da pós-graduação, garantindo que todos os estudantes tenham acesso, incluindo as mães que não podem permanecer com seus filhos.

Outras propostas: Pela desburocratização do acesso à assistência estudantil pelo DAC/DDS, Por mais cursos noturnos para que quem trabalha também possa estudar. Mais matérias optativas nos cursos do noturno e projetos de extensão. Para isso, mais contratações de professores com todos os direitos trabalhistas garantidos.

Para a chapa, o maior desafio que o DCE deverá enfrentar no próximo ano serão os ataques que a educação vem sofrendo.

 

Chapa 03 – Por Tudo Que Podemos Ser

A Chapa 3, “Por Tudo Que Podemos Ser”,  disputa a eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB). Composta por 34 membros e 747 apoiadores, a chapa reúne estudantes de graduação e pós-graduação, presentes nos quatro campi da universidade.

Em entrevista ao Campus Multiplataforma, as estudantes Bárbara Calista e Isadora de Oliveira, integrantes da Chapa, compartilharam detalhes sobre suas propostas e as principais pautas para a comunidade estudantil.

Uma das propostas é retomar o Intercamp, que garante maior acesso dos estudantes aos diversos campi da UnB, especialmente aqueles mais distantes. A retirada do Intercamp prejudica a mobilidade e o acesso às disciplinas, além de eliminar um marco histórico da universidade, idealizado por Darcy Ribeiro, afirma Bárbara Calista.

A chapa critica o alto custo das refeições no Restaurante Universitário (RU), que atualmente é de R$ 6,10, e afirma que a administração não enxerga o RU como uma política de permanência estudantil. A proposta é reduzir esse valor, com base em exemplos de outras universidades, como a UFRJ, onde o custo é de R$ 0,70. Para isso, a chapa defende a necessidade de um movimento estudantil forte e organizado. O preço das refeições deve ser no máximo R$ 2,50. Além disso, a proposta prevê a possibilidade de retirada de marmitas

A proposta central da chapa em relação à representatividade estudantil é ampliar a assistência, levando em conta o perfil mais diverso da universidade, com estudantes que precisam conciliar estudo e trabalho. A chapa defende o aumento do auxílio socioeconômico para, pelo menos, um salário mínimo, para que os estudantes não precisem optar entre estudar e trabalhar. Além disso, propõe a implementação do passe livre todos os dias.

Outras proposta: pelo acesso dos estudantes trans à política de Assistência Estudantil e pela criação de banheiros sem gênero e individuais; pela flexibilização das regras acadêmicas: não à penalização de estudantes trabalhadores por faltas e/ou atrasos, e toda prova deve ter segunda chamada, pelo direito originário: criação da Casa do Estudante Indígena.

Por fim, destacam a importância da recomposição orçamentária, considerada crucial para o futuro da universidade e para a manutenção das políticas de assistência estudantil, criticando o atual arcabouço fiscal, que limita os recursos destinados às universidades e compromete o avanço dessas políticas.

 

Saiba onde votar:

  • Pavilhão;
  • Faculdade de Direito (FD); 
  • Àrea norte do ICC Norte;
  • Ceubinho; 
  • Udefinho;
  • Faculdade de Ciência da Informação (FCI);
  • BSA Sul; 
  • Faculdade de Educação Física (FEF);
  • Faculdade de Ciências da Saúde (FS); 
  • Faculdade de Educação (FE);
  • Instituto de Artes (IDA); 
  • Departamento de Artes Visuais (VIS); 
  • Faculdade de Tecnologia (FT);
  • Faculdade do Gama (FGA);
  • Faculdade de Ceilândia (FCE);
  • Faculdade de Planaltina (FUP);
  • Hospital Universitário de Brasília (HUB).

 

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