Arte: Rayanne Nascimento.
A nova reitora da Universidade de Brasília (UnB) enfrenta desafios que combinam questões históricas e problemas herdados da gestão anterior. Em seu curto mandato, já precisou lidar com temas delicados, como a manifestação contra assédio sexual na universidade, desencadeada por uma punição branda aplicada pela reitora anterior, Márcia Abrahão, a um professor acusado de assédio. Além disso, está à frente de decisões controversas, como a execução do auditório Aula Magna, um projeto que acumula seis décadas de atraso e um custo de mais de R$ 90 milhões. Embora questionado por Naves durante sua campanha, o empreendimento está entre os compromissos herdados.
Outras questões também testam a capacidade de gestão de Naves, como a implementação das cotas afirmativas para pessoas transgênero, aprovadas às vésperas de sua posse, e mudanças no edital de bolsas estudantis que restringem o benefício a famílias com renda per capita menor. Naves alegou que a decisão foi uma surpresa, atribuída à gestão anterior e possivelmente influenciada por diretrizes federais. Em poucos dias de gestão, a reitora já acumula pautas que refletem a complexidade de comandar uma instituição como a UnB, equilibrando avanços acadêmicos, questões sociais e limitações orçamentárias.